A prefeitura de Boa Vista, capital do estado de Roraima, estima que cerca de 40.000 venezuelanos estejam habitando a cidade, o que representa mais de 10% da população local. Para muitos, a intensificação de fluxo migratório representa um desafio. Para o CIEDS e a Fundação Iochpe representa um enorme potencial de novas oportunidades. É neste contexto que surge o projeto Redes de Integração Socioeconômica.
A partir do mapeamento de público, desafios e oportunidades no território e de possíveis parceiros das esferas pública e privada (empresarial e social), as duas organizações, com patrocínio da Open Society Foundantions, irão estimular redes para o desenvolvimento local de Boa Vista.
"Nós esperamos, com essa iniciativa, contribuir para a promoção da integração de pessoas, culturas, saberes e potências individuais e institucionais, tendo como pano de fundo a geração de oportunidades de inclusão produtiva. Essa iniciativa só fará sentido se conseguirmos com que as pessoas, que são ou que estão no território, vislumbrem um horizonte mais próspero no curto prazo", diz Rosane Santiago, Gerente de Articulação e Desenvolvimento Institucional do CIEDS.
A primeira fase já está em ação! O projeto já estabeleceu parcerias com agências como PNUD e ACNUR, assim como organizações da sociedade civil, entidades representativas de setores econômicos, instituições profissionalizantes e de ensino superior e órgãos de governo para pensar coletivamente sobre como brasileiros e venezuelanos podem contribuir no processo de desenvolvimento de Boa Vista.
O próximo passo visa à integração de brasileiros e venezuelanos em uma formação que irá trabalhar competências cognitivas, interpessoais, intrapessoais, socioemocionais e empreendedoras.
O terceiro passo, nomeado como Inspira Boa Vista, prevê um circuito pelo território que possa inspirar todos a identificarem novas cadeias de negócios. Para concluir este ciclo, será realizado um grande ideathon, reunindo toda a cidade para discutir os problemas e soluções.
Para poder transformar as ideias em negócios, a fase seguinte contará com três frentes de atuação: formação empreendedora; articulação com instituições locais para empregabilidade; e assessoria para organizações da sociedade civil local. Com isso, o projeto pretende criar uma ambiência para o desenvolvimento de um ecossistema empreendedor, oportunizar geração de renda e fortalecer organizações locais.
Serão 18 meses de criação de redes, somando forças, saberes, culturas, visando à inclusão social e econômica que contribuam para o desenvolvimento de Boa Vista.
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