
A transição energética precisa ser inclusiva. O desafio de discutir e criar soluções inovadoras em articulação com o setor energético, que permitam ampliar o acesso da população a soluções inovadoras e sustentáveis de energia, levou o CIEDS (Centro Integrado de Estudos e Programas de Desenvolvimento Sustentável) a finalista do Energy Summit Awards 2025, promovido pelo Energy Summit, evento de inovação e empreendedorismo em Energia e Sustentabilidade, organizado com o MIT (Massachusetts Institute of Technology), entre os dias 24 a 26 de junho, na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro.
Alinhadas aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da ONU (Organização das Nações Unidas), as ações do CIEDS incluem programas de capacitação técnica para jovens e mulheres, fomento à inclusão produtiva em cadeias ligadas à energia e ao desenvolvimento comunitário dos territórios onde essas empresas atuam. Com atuação em rede, o CIEDS atua de forma multisetorial com empresas, setor público e a sociedade civil, fomentando a construção de ações articuladas e com potencial de impacto coletivo.
Finalista na categoria ‘Corporações’, o CIEDS esteve junto a outros quatro finalistas: Engie, Vale, Grupo Boticário e Finep, que foi a grande vencedora. “Acreditamos que não basta ter energia limpa, mas, sim, que ninguém seja deixado para trás na transição para um sistema de energia sustentável. Não levamos o primeiro lugar, mas a indicação já é motivo de grande celebração, porque mostra que estamos alinhados ao nosso objetivo de construir redes para a prosperidade, o que para nós significa proporcionar mais saúde, mais renda, mais educação e, acima de tudo, mais confiança no futuro”, disse Fábio Muller, diretor executivo do CIEDS.
Inovação e articulação
Em 2023, o CIEDS foi convidado pela Eletrobras e por mais um conjunto de empresas da área de energia elétrica, solar e de petróleo para uma missão no MIT em Boston: conhecer o MIT REAP (Regional Entrepreneurship Acceleration Programme), programa de aceleração de empreendedorismo regional. O Rio de Janeiro faz parte deste programa, ao lado de mais de 30 outras localidades em todo o mundo, buscando uma transição para energias limpas. O Estado é o berço do petróleo no Brasil, podendo gerar oportunidades e soluções para implementar essa transição na prática.
Hoje, em todo o mundo, 733 milhões de pessoas ainda não têm acesso à rede de eletricidade, e 2,4 bilhões de pessoas ainda cozinham usando combustíveis prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Os dados são de um relatório produzido pelo Banco Mundial, pela Organização Mundial da Saúde e pela Divisão de Estatística das Nações Unidas, em parceria com a Agência Internacional de Energia e a Agência Internacional de Energia Renovável. Não ter acesso à eletricidade e ao gás de cozinha, para uma família, representa uma qualidade de vida baixa e um elevado grau de pobreza. Portanto, nesse processo de transição energética, é preciso garantir novas energias para quem não tem acesso, promovendo mudanças propositivas para que as pessoas mais desfavorecidas ao longo da história não fiquem para trás no acesso à energia e bem-estar social, principalmente nos países da América Latina e da África.