“Ô abre alas que eu quero passar”. Esse verso é de Chiquinha Gonzaga, mas poderia ter sido dito por Gilka Machado, Nicolina Vaz ou Georgina de Albuquerque. Mulheres a frente de seu tempo que abriram alas, portas e janelas, para si mesmas e para todas as mulheres brasileiras. Personagens de luz que Cieds e MAB – Multi Arte Brasil- homenageiam durante todo o mês de março no Museu da República.
A abertura do evento Mulheres Luminosas ocorreu no último dia sete, véspera do Dia Internacional da Mulher, com a pré-estreia do documentário ‘Mulheres Luminosas’, de Pedro Pontes, a palestra ‘A vida feminina no Rio de Janeiro do fim do século XIX’, com Helio Eichbauer como mediador e participação dos historiadores Antonio Edmilson Rodrigues, Edinha Diniz, Ana Paula Cavalcanti, Maria de Lourdes Eleutério e Piedade Grimberg, além da exposição de fotos no jardim do museu.
O acontecimento recontou as histórias da musicista Chiquinha Gonzaga, da poetisa Gilka Machado, da escultora Nicolina Vaz e da pintora Georgina de Albuquerque, quatro brasileiras que através da arte conseguiram romper as barreiras postas pelo preconceito do Brasil do século XIX. Por meio do talento, da coragem e da perseverança essas personagens conquistaram espaços até então ocupados somente por homens, abrindo um horizonte de oportunidades para as mulheres de hoje.
O evento foi encerrado pela jovem Inês Assunção que emocionou os homens e as mulheres presentes ao tocar Chiquinha Gonzaga no piano.
‘Mulheres Luminosas’ permanece no Museu da República até dia 31 de março com mostra de fotografias e exibição gratuita do filme de Pedro Pontes, todas as terças e quartas, às 16h.