A instituição participou do processo de seleção aberto a organizações da sociedade civil e a instituições de ensino para a implantação do Projeto de Capacitação de Gestores Sociais de Proteção Social não Contributiva e Constituição da Rede Descentralizada de Capacitação, do PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, e do MDS, Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
O projeto alcançará todo o Brasil, sob a responsabilidade de dez instituições, que formarão a rede de capacitação. O CIEDS vai trabalhar diretamente com os gestores locais no estado do Rio de Janeiro e no Espírito Santo, atuando em 56 municípios. Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte, 44, e Sergipe, Alagoas e Pernambuco, 33, perfazendo um total de 133 municípios. Serão alcançados 354 profissionais que atuam na gestão do SUAS nestas regiões.
No que tange a “Capacitação de Gerentes Sociais que atuam na Proteção Social não Contributiva”, este projeto configura-se como um marco na história da assistência social brasileira e para o CIEDS representa uma oportunidade importante que vem contribuir para o aprimoramento da gestão do SUAS e para fortalecer a Assistência Social como uma Política Pública. Contribui ainda para melhorar a efetividade da Política Nacional de Assistência Social, dos serviços implantados para famílias pobres ou vulneráveis.
Cabe destacar que nessa perspectiva, a atuação do CIEDS, pauta-se na mobilização dos atores envolvidos com a assistência social, na ampliação de conhecimentos, na revisão de metodologias e com a instrumentalização, planejamento gerência, monitoramento e execução de ações, programas e serviços demandados pela adoção do paradigma da proteção social não contributiva. Assim, para nós será um grande prazer estarmos juntos, poder público e sociedade civil, num serviço importante que o terceiro setor, no seu papel complementar, vem oferecer a política de assistência brasileira.
Essa não é uma vitória apenas para o CIEDS, mas para todo o Terceiro Setor, principalmente para as organizações não governamentais de base comunitária, que podem participar de um movimento nacional de organização da assistência social. “Fomos tomados pelo movimento de ver o SUAS acontecendo com qualidade no país. Isso nos coloca um desafio muito grande, considerando que este é um momento histórico e um marco importante para a história da assistência social no Brasil. Acreditamos que por sermos uma ONG, estarmos inseridos neste processo nos coloca um duplo desafio: 1º porque tivemos que vencer a barreira da qualificação junto aos concorrentes, e 2º porque temos que mostrar o quanto somos capazes em termos operacionais e técnicos”, diz Aldeli Carmo, coordenadora do projeto no Rio.