Israel Divino é educador no Instituto Dom Bosco, uma das cinco organizações sociais participantes do Raízes do Futuro. Ao longo de dois anos de execução do projeto, Israel e os demais educadores envolvidos contaram com o apoio técnico do CIEDS para implementação da metodologia do projeto e compartilha conosco como foi a experiência:
Você consegue notar alguma evolução na postura dos adolescentes em relação a questão da empregabilidade?
Israel: O projeto vem dar vez, voz e vem para alimentar o sonho da meninada no que diz respeito ao mercado de trabalho, mas, acima de tudo, abre portas concretas, reais e próximas desses meninos que vão ser inseridos no mercado. Hoje, aqueles que vivenciaram em profundidade a riqueza que o projeto veio trazer, saem daqui mais sonhadores, mais confiantes e se sentindo mais preparados. Não veem mais a empregabilidade como algo amedrontador, ou como uma realidade da qual eles jamais se viam dentro. Hoje eles se veem como parte, e estando inseridos são capazes de fazer a diferença e trilharem caminhos de sucesso.
Como foi trabalhar com a metodologia Competências Para a Vida?
Israel: As competências acabaram se tornando um eixo de atuação pedagógica. Elas fazem parte do meu cronograma de formação com os meninos. Todas as competências são importantes, todas têm respondido bem, mas o que eu tenho percebido, sobretudo das demandas nos processos de formação que os meninos passam, é que as competências ligadas à área da saúde e à área da sexualidade são competências que toda hora a gente acaba voltando, porque isso aparece em forma de dúvida dos meninos. As competências que trazem as questões da cidadania, do direito, da formação humana também estão muito presentes.
Como foi para vocês contar com o apoio do CIEDS nestes dois anos de projeto?
Israel: Para a gente foi riquíssimo ter o acompanhamento do CIEDS. Só veio para somar no nosso trabalho. Primeiro que o CIEDS nos deixou muito a vontade para trabalhar, nos deu liberdade, nos deu total apoio, nos cercou com um respaldo muito bacana, que foi um facilitador no nosso trabalho. O acompanhamento, a presença da equipe, a preocupação que o CIEDS e sua equipe teve de a todo o momento saber sobre nossas dificuldades e de dar as devolutivas diante das dúvidas que apareceram foi fundamental para o bom andamento do projeto.
Qual a impressão final que fica para você deste projeto?
Israel: Só tenho a elogiar o projeto. Os passos que foram dados foram importantes, alimentaram ainda mais o sonho da meninada; ao mesmo tempo, facilitou para nós educadores na condição de mediadores deste processo. Em momento algum o projeto nos amarrou, nos colocou numa caixa, mas deu diretrizes, mostrou possibilidades e, a partir da dinâmica de cada um, a gente se adequou a isso e soube caminhar. Isso que é fundamental, isso que é bacana, então eu só tenho a elogiar e agradecer.