A realidade das mulheres no mercado de trabalho é dura. Apesar de terem mais qualificação profissional, elas em geral não estão em cargos de direção e gerência, de acordo com as Estatísticas de Gênero do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O CIEDS vai na contramão desses dados e apresenta um quadro mais inclusivo e que valoriza o crescimento delas: 66% dos funcionários são mulheres cis e trans e 38% delas estão em cargos de chefia. Além de ter maioria feminina em seu corpo diretivo, a instituição promove ações de fortalecimento destas lideranças. Uma das mais recentes foi o Elas Up, uma jornada de desenvolvimento profissional exclusiva para mulheres.
A iniciativa foi realizada em parceria com a Elas Projetam, rede de promoção e desenvolvimento de mulheres em gestão, por meio da identificação e criação de oportunidades de protagonismo feminino em lideranças de projetos e no mundo corporativo. As profissionais do gênero feminino, de fato, têm uma preocupação maior com o nível de instrução. Em 2019, na população com 25 anos ou mais, 19,4% das mulheres tinham curso superior completo, enquanto, entre os homens, a porcentagem era de apenas 15,1%, segundo dados do IBGE.
A proposta aproveitou essa inteligência coletiva das mulheres do CIEDS para a construção colaborativa do saber, a partir de metodologias ativas, em que todas foram colocadas no centro das atividades para viver experiências de aprendizagem, instrumentalizando-se com conteúdos e habilidades que são diferenciais competitivos no mercado.
“O CIEDS valoriza o potencial que essas mulheres já têm e amplia isso ainda mais. Nossas profissionais já trazem em si uma construção de conhecimento. Queremos potencializar isso, para qualificar o nosso fazer e as nossas entregas. É algo bom para elas e para a organização, pois fortalece nossas lideranças numa perspectiva de diversidade”, explica Roselene Souza, diretora de Gente e Cultura do CIEDS.
Ao investir nas mulheres, o CIEDS reforça alguns de seus valores, como o de incentivar o desenvolvimento das equipes e o de respeitar a diversidade. A iniciativa é de extrema importância, especialmente no contexto atual, em que a participação das mulheres em cargos de liderança teve queda pelo segundo ano consecutivo, segundo o IBGE. Enquanto, em 2017, elas estavam em 39,2% dos cargos de gerência e direção, essa porcentagem caiu para 37,8% e 37,4% nos anos seguintes.
“Valorizar o potencial das mulheres e cada vez mais buscar equidade de gênero na nossa organização é fundamental, especialmente nesse momento que as estatísticas mostram o contrário”, completa Roselene.
Nova etapa no horizonte
Na primeira etapa do Programa de Desenvolvimento Humano e Organizacional para Mulheres do CIEDS, em média 25 profissionais participaram dos encontros, com diferentes atividades. Foram debatidos temas como Experiência do Cliente, Desenvolvimento de Produto, Competências de Consultoria e Liderança 4.0.
Para uma segunda etapa, o programa se dedica a 13 lideranças femininas, entre diretoras, gerentes e coordenadoras. Com duração de 12 meses, esta fase terá como principais focos de desenvolvimento os temas: Mindset global; Construção da autoridade; Profissionalização da marca pessoal; Autoconfiança linguística; Destravamento da criatividade; Ampliação da rede de contatos; e Atualização profissional.
Elas terão sessões semanais de conversação em inglês em tópicos de inovação e soft skills; sessões quinzenais para práticas lúdicas em técnicas de facilitação; atendimento individual para orientação de carreira e desenvolvimento profissional e workshops mensais em conteúdos que são tendências corporativas.
Ao final desse processo, espera-se que elas tenham autoridade profissional bem construída, habilidades e competências para promover transformações; rede profissional fortalecida com vínculos significativos; e posicionamento profissional com valores globais.