“Participar da I Conferência de Políticas Públicas para Juventude de São Paulo, que fomentou a discussão sobre a juventude e nossas necessidades, foi muito gratificante e indubitavelmente uma experiência única. Candidatei-me à delegada para levar os interesses da sociedade civil, representando o CIEDS. Integrei o Grupo de Trabalho sobre Políticas Públicas para a Juventude. Neste GT o debate focou muito a criação do estatuto da juventude, sendo então a primeira proposta apresentada: Criar o Estatuto da Juventude para estabelecer diretrizes e instituir o sistema integrado de gestão composto por órgão executivo de gestão, conselho fiscalizador e co-gestor eleito em conferência e fundo de financiamento garantindo a transversalidade e descentralização Segundo a metodologia apresentada em cada GT houve a subdivisão em grupos e assim cada grupo apresentou 10 desafios e 2 propostas e ao final de todas as propostas apresentadas o GT escolheria 2 para serem encaminhadas à Conferência Nacional. A outra proposta foi: Garantir a inclusão de jovens em programas sociais, educacionais, culturais e econômicos, bem como a criação de Centros de Referência da Juventude – espaço de protagonismo, formação e vivência. Estas duas propostas serão levadas ao debate na Conferência Nacional. Neste GT os ânimos mantiveram-se calmos e a discussão se limitou às propostas, já em outros GTs como o de Educação e Cultura e o GT de Trabalho e Renda, as juventudes partidárias, sindicatos e os movimentos estudantis ali representados travaram discussões tensas fazendo com que alguns moderadores perdessem o controle e por várias vezes as discussões perderam seu foco. As manifestações foram pacíficas e muito diversificadas que iam desde faixas na entrada do auditório a gritos de guerra e intervenções na plenária final. O que mais me chamou a atenção foi o engajamento do pessoal que, embora jovem, já possui discurso, pensamento e retórica. Ainda mais quando vi um rapazinho de mais ou menos 12 anos já se postando com firmeza e participando de toda a dinâmica do processo. Estar no rol dos delegados eleitos à Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventude reflete um trabalho bem feito, um discurso coerente, e acima de tudo que estou focada. Agora minha maior preocupação e também diria responsabilidade é fazer valer todo este processo e lutar para que tamanho esforço não seja vão."