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Colônia de férias agita Jovens de Valor

Notícia
10 dezembro 2003
Colônia de férias agita Jovens de Valor

“A comunidade não tem opções de lazer, então nesse período as crianças ficam expostas ao perigo nas ruas. Nossa iniciativa foi oferecer um espaço para brincar e se desenvolver, com uma abordagem lúdica das oficinas”, afirma a coordenadora geral do projeto, Luiza Marillac Brito. Os professores foram divididos em equipes e as atrações variavam a cada semana, alternando teatro, música, esportes, grafite, dança, show de calouros e uma animada gincana. O resultado foi um sucesso. Cerca de 150 crianças e adolescentes participaram diariamente da colônia de férias.

Além das oficinas, houve uma visita a EnCine, ONG que trabalha com a área audiovisual, para intercâmbio e troca de experiências sobre o que é aprendido nos projetos. O encontro terminou com jogos, exibições de vídeo e capoeira. Outro objetivo da programação foi desenvolver nas crianças o senso de responsabilidade. A tarefa principal da gincana envolveu a arrecadação de alimentos para doação a famílias carentes da comunidade.

A equipe vencedora teve como prêmio um passeio à praia. “Com essa atividade buscamos reforçar a idéia de cooperação e a liderança entre os jovens. Foi muito bom porque tivemos professores aprendendo e alunos ensinando”, afirma Marillac. A colônia de férias já gerou um efeito prático para toda a comunidade do Papicu. O projeto rendeu uma campanha para a realização de mutirão, entre os moradores, para a limpeza das ruas próximas. O mutirão está marcado para o dia 15 de setembro.

O Projeto Jovens de Valor, financiado pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Trabalho, do Governo do Estado do Ceará, levou uma proposta criativa para 250 crianças e adolescentes da comunidade de Papicu: trabalhar cidadania e inclusão social por meio de atividades de arte-educação. O projeto identifica e potencializa as habilidades de crianças e adolescentes, transformando o talento de cada um em ferramenta para ampliar a compreensão do mundo e de si mesmo. O processo inclui o investimento na socialização, buscando o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários. São promovidos encontros mensais com os pais dos alunos para estabelecer um canal de comunicação direto com as famílias, integrando-as no trabalho desenvolvido com seus filhos, dividindo responsabilidades e construindo, juntos, estratégias de ampliação do projeto.