Todo mundo fala que o brasileiro se vira nos 30, que é empreendedor nato. A gente cresceu ouvindo isso. Para nós do CIEDS, isso é verdade até certo ponto. Não basta simplesmente querer abrir um negócio, não basta se tornar um empreendedor da noite para o dia, para ter sucesso. Não é tão fácil. O que aprendemos em nossa jornada de acelerar negócios é que o empreendedor necessita de um processo de transição e de domínio de ferramentas integradas ao mercado, à regionalidade, ao contexto desse empreendedor.
Na pandemia, vimos muitas pessoas se tornando donos do seu próprio negócio, um número nunca antes visto. E por quê? Primeiro porque abrir um negócio implica em gerar renda de imediato e envolve trabalhar na sua própria casa, ser o próprio chefe, fatores atraentes. Mas ao mesmo tempo essas pessoas não estão preparadas para dar continuidade a isso.
No geral, tende-se a achar que se resolve a questão da pobreza tornando as pessoas empreendedoras. Isso é um risco porque causa frustração, tendo em vista a alta taxa de mortalidade de pequenos negócios. Segundo a pesquisa Sobrevivência de Empresas (2020), do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), 29% dos microempreendedores individuais (MEI) fecham seus negócios após cinco anos. É a maior taxa, entre as empresas de todos os portes.
Daí vem a necessidade de entender o empreendedorismo como processo formativo, que exige técnica e conhecimento. É preciso responsabilidade e competência. Aqui no CIEDS, acreditamos que um programa de empreendedorismo não é um simples treinamento, mas um processo continuado de mentoria, integração, vivências e criação de redes. Só assim, de fato há geração de renda e melhoria de vida.
Há 24 anos, trabalhamos de forma responsável e embasada em técnicas integradas ao mercado, que respeitam o saber de cada um dos empreendedores. Apoiamos a criação de negócios sociais, de alto impacto positivo. No Iniciativa Jovem, programa da Shell Brasil, contribuímos para criar mais de 450 negócios e gerar cerca de 6 mil empregos. Podem parecer números simples, mas não foi um processo fácil. Exigiu pesquisa de mercado, desenvolvimento de competências e utilização de instrumentais digitais e inovadores.
Se for um processo estruturado e constituído em etapas, sim, acreditamos que qualquer um pode se tornar um empreendedor. Atuamos em projetos em todo o Brasil, seja com quilombolas do Espírito Santo ou com mulheres chefes de família em comunidades do Rio de Janeiro, assim como jovens inseridos no mundo digital. Todas carregam em si as competências, mas elas precisam ser desenvolvidas com uma metodologia responsável e que de fato seja voltada para o desenvolvimento do empreendedor e de sua comunidade, e não simplesmente na criação de um negócio imediato.
O Iniciativa Jovem (IJ) hoje é o maior programa de geração de impacto do Brasil. Anualmente, formamos cerca de 100 empreendedores, que criam em média de 40 a 50 negócios, com visão de sustentabilidade e comprometidos com geração de trabalho, com diversidade e com a construção de um país melhor. São jovens que sonham em ter um negócio ou já tem negócio em uma fase muito inicial que, ao participar do IJ, encontram apoio técnico e uma rede de mentores e de outros empreendedores, que compartilham entre si jornadas de criação de negócios sustentáveis.
Como disse, acreditamos fortemente que todos têm dentro de si a competência para se tornar um empreendedor, basta que tenham oportunidade e ferramentas para desenvolvê-las. Por isso, se você quer ser um empreendedor, venha para o Iniciativa Jovem, que vamos apoiar o desenvolvimento das suas competências e dos seus negócios. Acesse iniciativajovem.org.br e saiba mais. Inscrições abertas para a jornada 2022!