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Jéssica, jovem monitora, trouxe o forró para Casa de Cultura do Butantã

Notícia
26 outubro 2020
Jéssica, jovem monitora, trouxe o forró para Casa de Cultura do Butantã

Os/as nossos/as jovens monitores/as culturais trabalham incessantemente para criar ambientes divertidos e acolhedores nos equipamentos onde atuam para todos/as os/as que frequentarem. Seja com atividades, divulgação e interação ou grandes eventos, eles/as estão sempre em busca de novas formas para atrair mais público para suas bibliotecas, centros culturais, casas de cultura, entre outros tipos de espaços de São Paulo. Jéssica Marias, jovem monitora da região Centro-Oeste, está cumprindo esse objetivo de uma maneira original na Casa de Cultura do Butantã. O projeto “Forró na Casa”, que já está em ação, consiste em uma aula de forró aberta para todos os públicos e depois um show de bandas e DJs desse estilo musical, para integrar o público que ainda está aprendendo a dançar com quem já é frequentador dos bailes de forró.

Dentro de suas atividades, Jéssica sempre tem como pauta questões de gênero e raça, usando seu evento como uma plataforma para pessoas marginalizadas, especialmente para mulheres, priorizando seus trabalhos dentro das apresentações no “Forró na Casa” e na produção do mesmo.  A jovem já colaborava na Casa de Cultura do Butantã desde o início de 2019, integrando o Fórum de Cultura do Butantã e a Comissão Organizadora da 12ª Mostra de Cultura do Butantã, além disso, desde outubro do mesmo ano, é jovem monitora no equipamento, logo, seu projeto já tinha seu local definido. 

Jéssica Marias é dançarina, professora de dança e produtora iniciante dentro da cena cultural do forró pé de serra paulistano, o que a levou a essa ideia e a saber como desenvolver o seu evento na casa de cultura. O seu principal objetivo é diversificar o público do equipamento, atraindo mais jovens e adultos da comunidade no entorno, que conta com diversas classes sociais. 

A monitora escolheu o forró, não só pelo seu próprio interesse no ritmo e seu conhecimento dessa forma de cultura, mas também por querer preservar manifestações afro-brasileiras e afro-ameríndias. A decisão desse estilo musical como tema geral e do público-alvo do evento foi o primeiro passo do plano de Jéssica, depois ela estabeleceu o formato dentro do qual o “Forró na Casa” funciona, aula multinível de dança e após um show. Logo, como último passo, ela desenvolveu a identidade visual, que misturou a xilogravura bem conhecida como parte da cultura nordestina e a identidade que já existia na Casa de Cultura do Butantã. Durante as edições de seu projeto, a jovem, com seu colega JMC, Pedro Henrique Fernandes, atua como organizadora do espaço, auxiliando as bandas e DJs que vem fazer seus shows e também como a professora durante as aulas de dança. 

O feedback que Jéssica vem recebendo é imensamente positivo, além disso, algo que a moveu foi a resposta vinda dos funcionários da Casa de Cultura do Butantã, na equipe de limpeza, manutenção e segurança, que tem suas origens no Nordeste brasileiro, região de onde veio o forró. Eles e elas comentam com a monitora que os seus eventos do projeto “Forró na Casa” são momentos de lembrança e familiaridade para eles, se sentindo acolhidos dentro do equipamento. Durante as aulas e os bailes, artesãos e artesãs locais vão até lá expor voluntariamente seu trabalho, o que fez a jovem perceber, com muita alegria, que seu objetivo de oferecer uma plataforma para a comunidade em volta da casa de cultura, especialmente aos indivíduos periféricos, está sendo cumprido.

*Avisamos que as atividades parte do projeto “Forró na Casa” estão suspensas até segunda ordem devido à epidemia de COVID-19.