A Plataforma dos Centros Urbanos – PCU, contribuição do Fundo das Nações Unidas para Infância - UNICEF, objetiva criar um modelo de desenvolvimento inclusivo baseado na redução de desigualdades que afetam a vida de crianças e adolescentes. A execução do eixo de participação cidadã de adolescentes do projeto no Rio de Janeiro é realizada pelo CIEDS.
Por meio de projetos e atividades direcionadas aos jovens, a PCU implementa estratégias que ampliam a participação deles nas políticas públicas com foco nos territórios de que fazem parte.
“A ideia é organizar um conjunto de atividades na cidade para enfrentar as desigualdades que existem dentro da própria cidade, na educação, no acesso à saúde (...). Esse conjunto de atividades tem um importante eixo que é a participação dos jovens, que são os que mais sentem as consequências dessas desigualdades no seu cotidiano”, disse Mario Volpi, Coordenador de Programas do UNICEF.
A iniciativa está presente em oito capitais brasileiras: Belém, Fortaleza, Maceió, Manaus, Salvador, São Luís, São Paulo e Rio de Janeiro, onde o CIEDS é parceiro técnico e realizou, no dia 28 de julho, o evento “CloseCerto - Participação da juventude no Rio de Janeiro: o que tem funcionado e como avançar?”.
O evento contou com 85 jovens de diversas regiões do Rio, distribuídos por quatro rodas de discussão com os temas Educação, Cultura, Tecnologia e Espaços Públicos. Durante a discussão, os jovens sugeriram propostas de melhoria para o espaço urbano. Ao final, essas propostas foram reunidas e serão enviadas para os candidatos a prefeito da cidade.
Segundo Luciana Phebo, Coordenadora da UNICEF, foi possível acompanhar, ao longo do projeto, a evolução dos jovens e de sua maneira de pensar. “A discussão está com qualidade e com personalidade, os meninos não estão repetindo o que os outros falam. Eles estão trazendo a sua perspectiva, seus olhares, o que eles pensam e o que sentem.”
Esse também é o pensamento de Luis Carlos Guedes (Luti), do LAB.Rio: “Muitos jovens da PCU estão tendo um processo acelerado de construção da sua própria identidade, inclusive da identidade política.”
E esses jovens possuem uma visão clara e positiva de um futuro melhor. “Eu tenho fé que as propostas serão efetivadas. Se for, muita coisa vai mudar, vai melhorar”, diz o mais novo do grupo, Pedro de Mello Reis, de 13 anos.