No dia 12 de junho, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo promoveu uma audiência pública para pensar a situação prisional feminina no Brasil e também para discutir soluções para um tratamento mais humano para essas mulheres, principalmente as que estão grávidas. Pauta muito importante que é deixada de lado por todos os setores da sociedade e que vai além de simplesmente aumentar o número de vagas nos presídios. O projeto Mulher Atuação - parceira do CIEDS com a Kimberly-Clark - levou duas representantes para participar da audiência: Clarissa Cintra e Carolyn Gummo. Elas conferiram dados sobre a condição das mulheres encarceradas apresentados pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) que apontaram a falta de vagas, a superlotação e o estado alarmante das cadeias públicas. E o mais grave: a falta de políticas que levem em conta as particularidades do curso de vida feminino. Ainda ouviram autoridades presentes, como a deputada estadual Leci Brandão (uma das organizadoras do encontro), o representante da Secretaria Estadual de Segurança Pública, Carlos Alberto Straccini e membros da Defensoria Pública do Estado de São Paulo. Outras organizações sociais estiveram na audiência.
Segundo Clarissa e Carolyn, o debate foi positivo, mas faltou a fala das mulheres nessa condição. Elas não estavam lá para manifestar suas ideias, ferindo um direito fundamental na democracia e na cidadania, e ajudar a construir junto com a sociedade iniciativas que melhorem verdadeiramente o sistema prisional no Brasil.