Sala cheia, bolo e café. Na manhã do dia 19 de julho, o CIEDS juntou em uma mesma sala Diretores de CAPS – Centros de Atenção Psicossocial e membros da Superintendência de Saúde Mental. E por quê? Para dialogar sobre como promover uma maior qualidade de vida e segurança financeira para os moradores das Residências Terapêuticas.
“Estamos em um momento em que é necessária a qualificação do trabalho, que tenhamos instrumentos de acompanhamento que possibilitem visualizar como estão os moradores. Que permitam que nós aprimoremos o Projeto Terapêutico Singular de cada um”, diz Hugo Fagundes, Superintendente de Saúde Mental do Rio de Janeiro.
O encontro teve a finalidade de assegurar que os processos de gestão dos recursos de cada morador e de cada Residência Terapêutica estejam acontecendo de acordo com o protocolo e ao mesmo tempo alinhados com o Projeto Terapêutico Singular. Ambos buscam o desenvolvimento e a inclusão dessas pessoas, que passaram longos períodos em instituições psiquiátricas e hoje têm a oportunidade de morar em casas no território e ocupar a cidade nas diversas possibilidades.
“Para pensar na reinserção social, no combate ao estigma, nos desafios que temos hoje precisamos pensar em dar a essas pessoas esse suporte”, complementa Hugo.
Além do diálogo e pensamento coletivo de soluções, o encontro também foi espaço para a troca de experiências tidas com o acompanhamento da movimentação e do uso dos recursos financeiros dos moradores das RTs.
“Os Serviços Residenciais Terapêuticos compõem a Rede de Saúde Mental da cidade do Rio e possibilitam a moradia dessas pessoas, com o cuidado necessário para a garantia de direitos durante o processo de desinstitucionalização. O acompanhamento e planejamento financeiro para a clínica dos moradores têm um papel fundamental, pois aprender a lidar com o dinheiro pode auxiliá-los a se situarem no contexto social”, explica Taciane Maia, Supervisora do projeto pelo CIEDS.
Em um projeto no qual o maior ativo são as pessoas e a promoção da sua qualidade de vida e autonomia, a troca de conhecimentos e experiências é fundamental.
Os Serviços Residenciais Terapêuticos promovem, por meio da oportunização de uma moradia no território, a qualidade de vida e a reinserção social de pessoas que passaram longos períodos em instituições psiquiátricas, com muitos direitos violados, em especial, o direito de ir e vir. O trabalho ocorre pela gestão compartilhada entre o CIEDS e a Superintendência de Saúde Mental do Rio de Janeiro.